Nao sei até onde vai a paciência do eleitor com esses odiosos programas eleiorais. É cada figura que aparece na telinha - um pior que o outro. Isso mostra quem são, ou melhor, o que vão fazer nossos futuros representantes.
Fico pensando onde está o senso do ridículo desse povo. Cada candidato que aparece procura apresentar uma receita mirabolante, na intençao de convencer o pobre eleitor já cansado de muitas promessas nao cumpridas.Até sindicalistas engrossam o coro da falácia irracional e mediocre.
O papel dos sindicatos nessas eleiçoes, aqui no Tocantins, é algo ilariante, para não dizer ridícula. A "paspalhice" é tão absurda que os sindicados - dos trabalhadores da saúde, da educação e do quadro geral - fizeram uma manifestação de apoio a manuntenção dos contratados. Explico. O ex-governador, Marcelo Miranda, venceu as eleiçoes anteriores na base da compra de voto - cargos públicos, óculos, cesta básica, dentadura etc- e para cumprir as promessas, encheu a máquina pública de contratos. O candidato derrotado entrou com uma ação na justiça, denunciando a compra de voto com base no leilão de cargos público. Após um certo tempo ( três anos)o STF cassou o mandato do Marcelo e determinou a demissão em massa dos contratados.
O problema é que o resultado da ação no STF saiu agora em junho de 2010, proximo às eleições. O candidato derrotado da eleiçao anterior, Siqueira Campos, que havia impetrado o recurso contra os contratos ficou numa "sinuca de bico", porque,agora, é novamente candidato ao governo do estado. Porém, está aparecendo como o vilão da história, pois é visto como o responsável pela possível demissao dos contratados.
Agora é que entra os pelegos, isto é, os sindicatos. Resolveram fazer um ato na praça dos girassóis em protesto à decisao do Supremo Tribunal Federal que determina a demissao dos contratados. Os sindicatos do Tocantins tiveram a "cara de pau" de fazer um ato público contrário às demissões dos contratados, sob o argumento hipócrita que estavam preocupados com as famílias daqueles que seriam despedidos.
Ora, quando o cidadão assina um contrato com a administração pública, ele sabe que aquele contrato tem natureza precária, pois art. 37 CF/88 diz que tornar-se-á servidor público mediante concurso de provas ou provas e títulos. Quem possui as garantias estatutárias são os concursados que conquistaram suas vagas pelo mérito do esforço e da competência, ao contrário, daqueles que conquistaram seus empregos na base dos conchavos e negociatas.
Portanto, é deprimente ter que ver propaganda política de pseudo-sindicalistas falando que vão lutar pelos direitos dos servidores públicos. Sendo que os mesmos deveriam primeiro lutar pela moralização da administração pública, reivindicando a realização de concursos para ocupar o número escandaloso de vinte e um mil cargos públicos ocupados por contratados.